Fonte: BLS-Pelican
Autores: Fábio Martins e Carine Siffert
Na últimas semanas, o setor chamado de Cadeia Fria ganhou grande destaque na mídia pela preocupação com a distribuição efetiva das vacinas anti Covid-19. A chamada Cadeia Fria abrange todo o processo da concepção do produto refrigerado, passando pelo armazenamento, até transporte e entrega ao cliente. Considerando um país como o Brasil, que além das questões geográficas encomendou, até o momento, volume de vacina equivalente a uma dose para cada 0,8 habitante, a perda de material pelo caminho significaria mais risco à população e um novo caos sanitário. Tal complexidade logística ganhou até nome de blockbuster, “O Desafio do Século”.
A manchete impactante traz como principal referência a estatística da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que 50% das vacinas distribuídas no mundo acabam descartadas em detrimento de perda de temperatura ao longo de seu transporte. O que posso dizer é que as soluções existem e estão disponíveis muito tempo antes de se imaginar uma pandemia como a que vivenciamos hoje.
A BLS-Pelican, por exemplo, possui oferece embalagens com painel de isolamento à vácuo e material com mudança de fase, que mantém a estabilidade da temperatura durante todo o transporte. Para a maioria das vacinas, que devem ser mantidas entre 2°C a 8°C, a temperatura das embalagens da Pelican Biothermal mantém-se constante em 5°C por, no mínimo, 96 horas. A certificação internacional também é garantida pela marca a produtos que exijam temperaturas ainda inferiores. As principais faixas de temperatura trabalhadas pelo setor são -50°C, -20°C, 2°C a 8°C e 15°C a 25°C (temperatura ambiente).
A Pelican também garante a durabilidade da embalagem por 5 anos, ou seja, é uma tecnologia reutilizável e sustentável, já que o correto descarte após esse tempo é uma responsabilidade assumida pela própria companhia.
Outro ponto de extrema atenção dentro do processo de vacinação está na manipulação dos frascos que contêm mais de uma dose, pois também exigem cuidado especial de acondicionamento ao serem abertos. Nesse sentido, a Pelican possui bolsas térmicas para transporte de vacinas (Pelican Vaccine) considerando a abertura do recipiente 5 vezes ao dia, garantimos a manutenção da temperatura por 4 dias. A tecnologia torna viável o acesso à vacina, inclusive, a áreas mais afastadas do território nacional.
Então, se há solução, por que o discurso alarmante? A questão é quais países investirão com seriedade em prol das embalagens modernas, considerando que a maior parte dos lotes de vacinas distribuídos no mundo é acondicionada em embalagens de isopor, gelo espuma ou gelox.
Atualmente, o Brasil é referência mundial em vacinação em massa justamente por oferecer uma estrutura logística robusta. Assim, para manter a sua excelência no assunto, o país optou por intensificar as exigências estabelecidas às empresas envolvidas na Cadeia Fria. A resolução da Anvisa 430/20 entrará em vigor em março de 2021 e preconiza formas de garantir a segurança no armazenamento e transporte dos produtos sensíveis a variações de temperatura, inserindo a obrigatoriedade do monitoramento em tempo real tanto de umidade quanto de refrigeração. A resolução deixa claro que os produtos deverão ser transportados em embalagens térmicas com qualidade apropriada em relação ao tempo e às condições do transporte.
Chegamos, assim, à última questão polêmica que envolve o “Desafio do Século”. As empresas de embalagens estão preparadas para atender à imunização de populações em todo o mundo? O que posso dizer é que o investimento do setor foi fortíssimo nos últimos anos, embora muitas empresas ainda não haviam sentido a necessidade de aumentar sua capacidade fabril ou modernizar suas tecnologias.
Porém, outras como a BLS-Pelican, além de apostarem em um portfólio focado em soluções reutilizáveis com extensa vida útil, expandiram sua capacidade. A Pelican investiu muito na abertura de duas unidades fabris no Brasil, assim como em outros países da América Latina. Fora isso, possui duas fábricas globais, que atendem em larga escala, sendo uma nos Estados Unidos e outra na Inglaterra.
Respostas, o setor tem. Agora, cabe aos países mirarem em exemplos como o do Brasil para garantir que o “Desafio do Século” seja superado e o processo de imunização dê um grande salto mundialmente, afinal, o século apenas começou.
(*) Carine Siffert é gerente de qualidade da BLS-Pelican
(*) Fabio Martins é CEO da BLS-Pelican