Empresas em Foco

Compartilhe:
15/09/2021
Artigo: Sistema de saúde deve se preparar para novas pandemias

Autor: Roberto Amazonas*, da EMS

O Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, foi identificado no final de 2019. Inicialmente, China, Europa e Estados Unidos foram atingidos em cheio pela doença. Já em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava a existência de uma pandemia. Em poucas semanas, os impactos da crise sanitária provocada pelo ainda “novo” coronavírus eram sentidos em quase todos os cantos do planeta – incluindo, é claro, o Brasil.

A rapidez com que a pandemia se espalhou de fato impressiona. Mas há uma história paralela a essa que também deve chamar nossa atenção. Refiro-me aqui à velocidade com que vacinas seguras e eficientes foram desenvolvidas contra a Covid-19, algumas delas, inclusive, baseadas em tecnologia pioneira de RNA mensageiro.

Testes clínicos de novos imunizantes eram conduzidos no mundo todo já no primeiro semestre de 2020. Antes mesmo da virada do ano, alguns países haviam iniciado suas campanhas de vacinação, verificando expressiva redução no número de internações e óbitos por Covid-19. Hoje, com menos de dois anos desde a identificação do Sars-CoV-2, já conseguimos vislumbrar, com mais otimismo, um cenário pós-pandemia.

A crônica desses eventos deixa uma lição fundamental, especialmente para o Brasil: se hoje conseguimos ver alguma luz no fim do túnel dessa grave crise sanitária mundial, isso se deve à ciência e à inovação, às respostas que ambas nos trouxeram até este momento e que continuarão inevitavelmente nos pautando também daqui em diante. Sem investimento prévio e pesado em Pesquisa & Desenvolvimento, a humanidade não teria sido capaz de reagir, de maneira tão rápida e satisfatória, ao desafio imposto pela pandemia: a preservação de vidas.

A experiência vai ainda nos ajudar a olhar para a frente. Novas pandemias e crises desse tipo provavelmente virão, o que nos impõe a missão de preparar o sistema de saúde brasileiro para essa realidade. 

Ainda somos muito dependentes do mercado internacional em alguns aspectos. A situação pandêmica escancarou, por exemplo, a grande necessidade do Brasil e de outros países de insumos farmacêuticos provenientes principalmente da China e da Índia. 

Por outro lado, o setor farmacêutico nacional, com seu robusto parque fabril, centros de pesquisa e cientistas de ponta, mostrou o quanto estava preparado para suportar os desafios impostos pela pandemia. 

Esses dois contrapontos evidenciaram a necessidade de um grande diálogo entre o poder público, as agências reguladoras, o setor privado, as universidades e a sociedade. 

Precisamos de mais segurança jurídica, de mais previsibilidade e de mais coordenação do setor de saúde como um todo. 

A ciência e a inovação demandam não apenas investimento, mas também um debate constante entre os diferentes atores que compõem o sistema de saúde. É em busca dessa conexão que a EMS, líder no mercado farmacêutico brasileiro, está promovendo o primeiro Science Talks, um encontro entre renomados profissionais e cientistas do Brasil e do mundo para discutir as perspectivas da saúde em um cenário pós-pandemia. Quais as novas alternativas para a preparação de um futuro de forma mais organizada em relação ao tema saúde, no Brasil e no mundo, e em relação à revolução que o setor vivenciou a partir de 2020? Esperamos levantar essa e outras reflexões importantes, abraçando o melhor da experiência nacional e internacional e apostando na pluralidade de vivências e ideias dos nossos palestrantes convidados.

E que, no momento em que adentramos de fato no tão aguardado cenário pós-pandemia, que o Brasil possa seguir, de forma mais organizada, com o mesmo apetite por descobertas científicas que atuam em prol da promoção da saúde e bem-estar e que salvam vidas. 

(*) Autor: Roberto Amazonas é diretor médico-científico da EMS.

Esclarecimento

A área Empresas em Foco publica notícias elaboradas e enviadas pelas empresas associadas ao Sindusfarma; seu conteúdo é de exclusiva responsabilidade das empresas e não reflete anuência nem posições ou opiniões da entidade.

Voltar
Subir ao Topo

Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos

Todos os direitos reservados - Sindusfarma 2024