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05/06/2023
ASCO 2023 | Medicamento reduz 51% o risco de morte em pacientes com câncer de pulmão

Fonte: AstraZeneca

Dados inéditos do estudo ADAURA, divulgados no último dia 04 de junho de 2023 durante a plenária do Congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) mostram que o medicamento osimertinibe promove benefício clínico e estatisticamente significativo de sobrevida global no tratamento adjuvante de pacientes em estágio inicial (IB-IIIA) de Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células (CPNPC) com mutação no receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFRm), após resseção completa do tumor.10 A notícia pode ser considerada um marco no tratamento da doença e já vem sendo recebida de maneira otimista entre a classe médica, uma vez que o tripé diagnóstico precoce, testagem molecular e tratamento direcionado ao alvo pode ser determinante no sucesso do tratamento da doença.

A atualização do estudo ADAURA mostra que 88% dos pacientes tratados com osimertinibe estão vivos em 5 anos. Além disso, osimertinibe reduz em 51% o risco de morte versus placebo para o paciente com CPNPC EGFRm estágio IB-IIIA.10 Clique aqui para saber mais. O estudo ADAURA é um estudo de fase III com 628 participantes que teve como objetivo avaliar a segurança e eficácia do tratamento em adjuvância com osimertinibe versus placebo para pacientes ressecados de estágio IB-IIIA com CPNPC EGFR mutado, com ou sem uso prévio de quimioterapia adjuvante. O osimertinibe é um inibidor de tirosina-kinase associada ao receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR-TKI) de terceira geração com apresentação oral e indicação de tratamento finito por 3 anos na adjuvância.9

A notícia atual suporta os achados anteriores do estudo ADAURA. Em maio de 2020, a AstraZeneca já havia anunciado que o osimertinibe demonstrou uma redução na sobrevida livre da doença em 77% e proteção contra recidiva no sistema nervoso central de 73%11. Em setembro de 2022, os dados atualizados de sobrevida livre de doença continuaram a mostrar consistência, após mais de 5 anos de acompanhamento.9

O benefício comprovado de sobrevida global no estudo ADAURA, reforça a definição de osimertinibe como tratamento padrão na adjuvância para pacientes com CPNPC EGFRm ressecáveis de estágio IB-IIIA, independente do uso prévio de quimioterapia adjuvante.10

No estudo ADAURA, a duração de exposição média ao braço placebo foi de 25,1 meses e de osimertinibe foi de 35,8 meses e não foram relatados novos sinais de segurança com a duração prolongada do tratamento com osimertinibe. Os eventos adversos mais comuns em ambos os braços do estudo foram diarreia, paroníquia, pele seca e prurido. Eventos adversos de grau ≥ 3 foram identificados em 23% dos pacientes com osimertinibe e 14% com placebo.9

“Pacientes com Câncer de Pulmão de Não Pequenas Células com mutação EGFR em estágio inicial enfrentavam altas taxas de recorrência e não contavam com opções específicas de tratamento após a cirurgia. O dados recém-divulgados do estudo ADAURA confirmam o potencial de osimertinibe no tratamento neste cenário, prolongando a vida desses pacientes, e pela primeira vez, mostrando um tratamento adjuvante oral capaz de reduzir o risco de morte destes pacientes”, ressalta Anouchka Chelles, diretora médica da área de oncologia da AstraZeneca.

Câncer de Pulmão no Brasil e no mundo

Estima-se que, a cada ano, 2,2 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com câncer de pulmão no mundo, sendo 80-85% dos pacientes diagnosticados com CPNPC, a forma mais comum de câncer de pulmão.¹ ² ³ Aproximadamente 25-30% de todos os pacientes com CPNPC são diagnosticados de maneira precoce, e a cirurgia com intenção curativa é o tratamento padrão, geralmente seguida de adjuvância.⁴ ⁵ Além disso, 73% dos pacientes com estágio IB e 56-65% dos pacientes com doença de estágio II sobreviverão por cinco anos.⁶ Isso diminui para 41% para pacientes com estágio IIIA, e 24% para pacientes com doença em estágio IIIB, refletindo uma alta necessidade médica não atendida⁶ e ressaltando não somente a importância do diagnóstico precoce, mas também da testagem molecular dos tumores.

Na América Latina, o câncer de pulmão é o mais letal e tira mais vidas do que qualquer outro tipo da doença⁶. São mais de 65,5 mil vidas perdidas todos os anos, sendo descoberto tardiamente em mais de 80% dos casos⁶. Já no Brasil, o câncer de pulmão, segundo estimativas de 2023 realizadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), é o terceiro mais comum em homens (18.020 casos novos) e o quarto em mulheres (14.540 casos novos), totalizando 32.560 novos casos – sem contar o câncer de pele não melanoma⁷. 

AstraZeneca no câncer de pulmão

A AstraZeneca possui um portfólio abrangente de medicamentos aprovados e de outros em desenvolvimento para pacientes com câncer de pulmão. A farmacêutica global está trabalhando para aproximar os pacientes com câncer de pulmão da cura por meio do diagnóstico e tratamento da doença em estágio inicial, ao mesmo tempo em que expande os limites da ciência para melhorar os resultados em ambientes resistentes e avançados. Ao definir novos alvos terapêuticos e investigar abordagens inovadoras, a empresa visa adequar os medicamentos aos pacientes que mais podem se beneficiar. A AstraZeneca é membro fundadora da Lung Ambition Alliance, coalizão global que trabalha para acelerar a inovação e oferecer melhorias significativas para pessoas com câncer de pulmão.

Sobre a AstraZeneca 

A AstraZeneca é uma empresa biofarmacêutica global, orientada pela ciência, que está focada na descoberta, desenvolvimento e comercialização de medicamentos de prescrição médica em Oncologia, Doenças Raras e Biofarmacêuticos, incluindo Medicina Cardiovascular, Renal e Metabólica, Respiratória e Imunologia. Com sede em Cambridge, Reino Unido, a AstraZeneca opera em mais de 100 países e seus medicamentos inovadores são usados por milhões de pacientes em todo o mundo.

Para mais informações, visite: www.astrazeneca.com.br e siga a empresa no Instagram @astrazenecabr.

Referências

  1. World Health Organisation. International Agency for Research on Cancer. Lung Fact Sheet. Available at https://gco.iarc.fr/today/data/factsheets/cancers/15-Lung-fact-sheet.pdf. Accessed March 2023.
  2. LUNGevity Foundation. Types of Lung Cancer. Available at https://lungevity.org/for-patients-caregivers/lung-cancer-101/types-of-lung-cancer. Accessed March 2023.
  3. Cheema PK, et al. Perspectives on treatment advances for stage III locally advanced
    unresectable non-small-cell lung cancer. Curr Oncol. 2019;26(1):37-42.
  4. Cagle P, et al. Lung Cancer Biomarkers: Present Status and Future Developments. Archives Pathology Lab Med. 2013;137:1191-1198.
  5. Le Chevalier T, et al. Adjuvant Chemotherapy for Resectable Non-Small-Cell Lung Cancer: Where is it Going? Ann Oncol. 2010;21:vii196-vii198.
  6. Goldstraw P, et al. The IASLC Lung Cancer Staging Project: Proposals for Revision of the TNM Stage Groupings in the Forthcoming (Eighth) Edition of the TNM Classification for Lung Cancer. J Thorac Oncol. 2016;11(1):39-51.
  7. Cancer in Latin America: Time to stop looking away, 2018
  8. Instituto Nacional do Câncer: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao
  9. Herbst, RS; Wu, YL; John, T; et al. Adjuvant Osimertinib for Resected EGFR-Mutated Stage IB-IIIA Non–Small-Cell Lung Cancer: Updated Results From the Phase III Randomized ADAURA Trial. J Clin Oncol, 2023. DOI https://doi.org/10.1200/JCO.22.02186.
  10. Herbst, R; Tsuboi, M; John, T; et al. Overall survival analysis from the ADAURA trial of adjuvant osimertinib in patients with resected EGFR mutated (EGFRm) stage IB–IIIA non-small cell lung cancer (NSCLC). LBA3 Presented at ASCO 2023 in Chicago, USA.
  11. Osimertinib in Resected EGFR-Mutated Non–Small-Cell Lung Cancer. Yi-Long Wu, M.D., Masahiro Tsuboi, M.D., Jie He, M.D., Thomas John, Ph.D., Christian Grohe, M.D., Margarita Majem, M.D., Jonathan W. Goldman, October 29, 2020. N Engl J Med 2020; 383:1711-1723 DOI: 10.1056/NEJMoa2027071.

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