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19/02/2015
Saúde ocular: Anvisa aprova uso do aflibercepte para o tratamento da oclusão da veia central da retina
Fonte: Bayer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprova o uso do medicamento EYLIA® (aflibercepte) para o tratamento da oclusão da veia central da retina (OVCR). Disponível no país desde outubro de 2012, o medicamento teve sua primeira indicação para o tratamento da Degeneração Macular Relacionado à Idade (DMRI) na forma úmida, tipo mais sério e grave da doença. Agora, a terapia também poderá auxiliar os portadores da OVCR no Brasil. 

Apesar de não ser muito conhecida, a oclusão da veia central da retina tem maior incidência em indivíduos acima dos 55 anos. De acordo com a literatura médica ela ocorre em cerca 0.2% da população, e frequentemente está associada com doenças cardiovasculares. Outros problemas de saúde ocular estão associados ao desenvolvimento da doença, como a presença de glaucoma de ângulo aberto. 

A enfermidade se desenvolve na região posterior do olho e é causada por uma obstrução do fluxo de sangue na veia central da retina. Com o acúmulo de sangue na veia, ocorre extravasamento de líquido e sangue dos vasos até o tecido retiniano mais próximo. Essa ocorrência pode danificar a retina e causar uma perda de acuidade visual (capacidade do olho de reconhecer dois pontos muito próximos). A  OVCR isquêmica é considerada a forma mais grave desta doença, que ocorre quando a retina sofre diminuição do fluxo sanguíneo, ocasionando falta de oxigenação e crescimento de neovasos frágeis e mal formados, que podem ocasionar em perda total da visão. 

Segundo especialistas não há uma única causa para a enfermidade, porém é sabido que alguns fatores de risco podem levar ao problema entre eles diabetes, hipertensão arterial, problemas cardiovasculares, mieloma múltiplo, linfomas, leucemia e também patologias autoimunes. Para o oftalmologista Marcio Nehemy, Professor Titular de oftalmologia da Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), indivíduos acima de 60 anos devem ficar mais atentos a sintomas relacionados à visão. É importante que testem a visão de cada olho separadamente, ou seja, cubram com a própria mão, alternadamente, cada um dos olhos. Não é infreqüente que o indivíduo tenha alguma dificuldade de visão em um olho e não perceba, pelo fato de ter boa visão no outro olho, já que usualmente ambos encontram-se abertos. 

"Perda parcial ou total da visão, perda de parte do campo visual, deformidade de linhas retas (que  passam a parecer tortas) ou pontos escuros no campo de visão, são sinais de alerta que requerem a avaliação de um especialista. Mas, mesmo na ausência desses sintomas deve-se fazer um exame periódico com o oftalmologista, já que muitas doenças são silenciosas no início, e só  levam a problemas perceptíveis na visão quando estão em estágios avançados, quando os danos já se tornaram irreversíveis. Para pacientes acima de 50 anos, sem problemas conhecidos de visão, o exame  oftalmológico deve ser feito pelo menos a cada 2 anos. Essa é a forma mais segura de se prevenir a baixa de visão", conclui o especialista.

Na maioria das vezes, a OVCR manifesta-se de forma repentina e sem dor.  Por outro lado, existem alguns casos, em que a patologia avança lentamente por dias ou semanas. Os sintomas vão desde  visão borrada, distorção do campo visual e hemorragias intrarretinianas até veias dilatadas. Para ter o diagnóstico correto recomenda-se a busca de um especialista em retina.

Além das indicações para DMRI e OVCR, o EYLIA® (aflibercepte) é um medicamento aprovado na Europa, nos EUA, no Japão e em diversos países da Ásia e América Latina para o tratamento do edema macular diabético (EMD).

Primeira indicação: degeneração macular relacionado à idade (DMRI)
Essa é a principal causa de perda da visão e cegueira irreversível em adultos maiores de 55 anos nos países desenvolvidos, afetando mais de 30 milhões de pessoas mundialmente e caracteriza-se pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos que produzem extravasamento de fluídos na mácula (parte da retina responsável pelo foco e pela visão central, possibilitando enxergar com maior clareza e definição). A DMRI úmida dificulta a realização de atividades cotidianas, como leitura, dirigir um automóvel, reconhecer rostos, ver televisão, subir e descer escadas, entre outras. A doença está associada a uma deterioração na qualidade de vida, isolamento social, depressão clínica, aumento do risco de acidentes como quedas e fraturas de quadril e a uma entrada prematura nos centros médicos.  

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