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23/02/2021
Financiamento de risco pode viabilizar terapias avançadas, diz Sindusfarma em fórum do Estadão

Amplamente adotado no mundo, o risco compartilhado (risk sharing) é uma das opções para o financiamento de terapias gênicas/avançadas disponíveis no mercado e pode ser implementado no Brasil, permitindo a incorporação das novas tecnologias pelo sistema de saúde público e suplementar, disse o diretor de Mercado e Assuntos Jurídicos do Sindusfarma, Bruno Abreu, no fórum sobre “Inovação nas Doenças Raras”, promovido pelo jornal O Estado de S.Paulo, em parceria com a Novartis, no dia 22/02. O encontro teve o apoio institucional do Sindusfarma.

“Com esse sistema de financiamento de risco, a indústria farmacêutica recebe o pagamento pelo fornecimento das novas tecnologias em função da performance obtida pelo produto durante o tratamento”, explicou Bruno. “Para isso, são previamente definidas metas e métodos de mensuração do êxito do tratamento em pacientes, com os resultados avaliados de forma independente pelos gestores do sistema de saúde”.

Outro ponto abordado pelo diretor de Mercado do Sindusfarma foi o método utilizado para a atribuição do preço das terapias gênicas/avançadas no Brasil, que dificulta a entrada desses medicamentos no mercado nacional. “Hoje, estamos debatendo tecnologias que só imaginávamos disponíveis no ano de 2030. Porém, mesmo sendo inovadores, acabam sendo subprecificados por conta da legislação atual, vigente desde 2004, que não os classifica como tal”.

A modernidade da legislação brasileira de Registro de Medicamentos, que está em sintonia com as mais avançadas do mundo, facilitando a incorporação das novas tecnologias, foi destacada pelo gerente de Sangue, Tecidos, Células e Órgão da Anvisa (GSTCO/Anvisa), João Batista da Silva Junior.

Bruno Abreu (acima, centro) destacou os beneficios do financiamento de risco para fomentar a incorporação das terapias avança pelo sistema de saúde

Os palestrantes do fórum “Inovação nas Doenças Raras”: 

Painel: As doenças raras e o impacto da medicina personalizada

  • Antonie Daher - presidente da Casa Hunter e da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras
  • Bruno Abreu - diretor de Mercado e Assuntos Jurídicos do Sindusfarma
  • João Batista da Silva Junior - gerente da Gerência de Sangue, Tecidos, Células e Órgãos da Anvisa
  • Lucas Redecker - deputado federal pelo Rio Grande do Sul
  • Roberto Giugliani - médico geneticista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e um dos idealizadores da Casa dos Raros

Painel: O que as terapias gênicas representam para os pacientes, cuidadores e sociedade

  • Diego Garcia - deputado federal pelo Paraná e presidente da Frente Parlamentar de Doenças Raras
  • Margareth Castro Ozelo - médica hematologista, professora da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp
  • Suhellen Silva - presidente da ONG Donem - Associação dos Familiares e Amigos dos Portadores de Doenças Neuromusculares
  • Tania Maria Onzi Pietrobelli - presidente da Federação Brasileira de Hemofilia
  • Vanessa van der Linden - neurologista infantil do Rarus, no Hospital Maria Lucinda, centro de referência em doenças raras de Pernambuco

Notícia atualizada em 26/02/2021

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