Otimista, setor deve crescer cerca de 10% neste e no próximo ano
Em clima de otimismo em relação ao crescimento econômico e ao desempenho na área da saúde, as vendas da indústria farmacêutica devem crescer 9,8% este ano e 9,7% no próximo, em valores. Estes foram alguns destaques do “Fórum Expectativas 2024”, realizado pelo Sindusfarma nesta quinta-feira (29).
Professor da Fundação Dom Cabral, Creomar de Souza (esq.), e o vice-presidente da IQVIA, Sydney Clark, durante o Fórum
O mercado farmacêutico aponta para um “crescimento saudável”, com aumento das vendas em volume (unidades) no varejo. “A recuperação na quantidade de lançamentos e da adoção de novas tecnologias impulsionarão o mercado nos próximos anos”, disse Sydney Clark, vice-presidente da consultoria IQVIA.
Clark chamou a atenção para o avanço das vendas on-line de medicamentos, que já representam 11% do varejo, e para o desafio da transformação digital no marketing farmacêutico, tendo em vista a projeção de que o número de médicos no país saltará dos atuais 560 mil para um milhão em 12 anos. “Temos que encontrar uma forma de engajar, até para acompanhar a mudança demográfica do país”. (veja a apresentação completa no final da notícia).
Com recorde de participantes, a pesquisa “Benchmarking de Expectativas da Indústria Farmacêutica 2023-2024”, realizada anualmente pelo Sindusfarma, constatou o otimismo da indústria farmacêutica diante do crescimento da economia (62%), recuperação do emprego (64%), crescimento das compras governamentais (64%), acesso ao mercado privado (62%) e ambiente regulatório (71%).
As empresas consultadas esperam crescer este ano 9,7% em valores no varejo (Retail) e 8,8% no mercado institucional (Non Retail); no ano que vem, o crescimento estimado é de 9,2% e 8,6%, respectivamente, informou Fábio Moreira, consultor da entidade.
Cenário político
O analista político e professor da Fundação Dom Cabral (FDC), Creomar de Souza, esmiuçou os desafios do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua relação com o Congresso Nacional, diante da constatação de que, no momento, o bloco formal de apoio ao governo não garante a aprovação dos principais programas estruturais, como a Reforma Tributária.
“Com desvantagem numérica nas duas casas legislativas, o desafio do novo governo é contornar a insatisfação de lideranças políticas e a pressão por cargos, principalmente na pasta da Saúde, a de maior orçamento”, disse o professor da FDC.
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