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Líderes da Inovação em Saúde se reúnem em Brasília em 3 dias de debate
Indústrias farmacêuticas, empresas do complexo econômico da saúde, startups, autoridades, incubadoras, empreendedores, organismos de fomento e pesquisadores discutiram as tendências e os desafios da inovação em saúde no Brasil na 2ª Cúpula Brasileira de Inovação em Saúde, que se realizou no Complexo Brasil 21, em Brasília, de 4 a 6/10. Evento reuniu indústria, startups, autoridades, incubadoras, empreendedores, organismos de fomento e pesquisadores O encontro foi organizado por Sindusfarma, Rede Brasileira de Inovação Farmacêutica (RBIF) e Biominas Brasil. O Prêmio Inovo foi entregue no encerramento do encontro. Ecossistema de inovação, P&D de novas terapias, política industrial, convergência regulatória, biodiversidade brasileira, propriedade intelectual, cultura inovadora, foco no paciente e cases de sucesso foram alguns dos temas debatidos, além das apresentações das startups finalistas do Prêmio Inovo. Várias autoridades participaram da Cúpula, entre elas Chico Saboya, presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); Daniela Marreco, secretária executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED); Julio César Moreira, presidente Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); e Rodrigo Rollemberg, secretário da Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Da esq.: Eduardo Emrich (Biominas), Rosana Mastellaro (Sindusfarma), Dr. Arun Harish (CPI), Marcio de Paula (RBIF) e Nelson Mussolini (Sindusfarma) Na abertura da Cúpula, o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, destacou a importância do encontro. “Não existe outro caminho para a indústria farmacêutica se desenvolver no país que não seja por meio da inovação. É por meio da inovação, da propriedade dos dados, das patentes, que nós faremos cada vez mais inovação e, consequentemente, mais saúde, fazendo aquilo que temos que fazer por vocação, saúde, que é o nosso negócio”. O presidente da Biominas Brasil, Eduardo Emrich, ressaltou o papel de sua empresa. “Nosso compromisso é continuar incentivando a inovação no país, e é o que a Biominas está fazendo nos últimos 33 anos”. O estrategista britânico Arun Harish, do Centre for Process Innovation (CPI), no Reino Unido, falou sobre o “Futuro da Saúde” na palestra magna de abertura do evento. Avançar em precificação, ambiente regulatório e análise de patentes A necessidade de avançar nos critérios de precificação de produtos inovadores, especialmente os biotecnológicos, nos processos de análise e aprovação de patentes, por meio do fortalecimento do INPI, e no compartilhamento de informações entre empresas e Anvisa foi debatida na Cúpula de Inovação em Saúde (leia o texto). Ecossistema de inovação: parques tecnológicos e políticas públicas A importância de se incentivar a criação de ecossistemas que viabilizem um sistema forte e competitivo de inovação em saúde no país, com o suporte de políticas públicas adequadas, foi abordada no encontro (leia o texto). Sucesso em vacinas e o potencial da biodiversidade brasileira Arranjos e experiências de empresas e instituições instaladas no Brasil que já resultaram ou estão levando ao desenvolvimento de vacinas e outros medicamentos inovadores e o potencial da biodiversidade brasileira foram debatidos durante a Cúpula (leia o texto). Foco no Paciente: projetos que melhoram o acesso e a qualidade de vida Projetos que melhoram a qualidade de vida de pacientes e o acesso a tratamentos e ideias de como ampliar o acesso à saúde em geral foram apresentados e discutidos no encontro (leia o texto).   Leia também: Tecnologias contra o câncer vencem o Prêmio Inovo Cúpula de Inovação reúne em Brasília empresas, startups, governo e investidores
Ecossistema de inovação: parques tecnológicos e políticas públicas
A importância de se incentivar a criação e garantir a manutenção de ecossistemas que viabilizem um sistema forte e competitivo de inovação em saúde no país, com o suporte de políticas públicas adequadas, foi abordada no encontro. Chico Saboya (Embrapii) durante a mesa "A relevância dos ambientes de inovação no mundo pós pandemia" O presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Chico Saboya, destacou a importância dos ecossistemas para enfrentar o desafio de garantir a inovação tecnológica aplicada à produção farmacêutica. “Queria saudar os organizadores deste evento pela oportunidade de convergir e trazer para debater o setor produtivo, órgãos públicos e instituições de fomento, como a Embrapii, para que possamos discutir os grandes desafios que o país tem hoje: a inovação tecnológica aplicada, no caso específico, à produção farmacêutica. O Brasil tem um déficit de R$ 10 bilhões por ano e precisamos, seja em nome da soberania nacional, seja para assegurar os fluxos de medicamentos em atenção à saúde da população, seja o desafio do futuro, incrementar a inovação. Então, o que falamos aqui foi a importância dos ecossistemas para promoveram esse esforço, combinado em múltiplos agentes, para que possamos enfrentar o desafio da inovação tecnológica. E o Brasil vir a ocupar neste mercado global de 1 trilhão de dólares um espaço que o país merece”. A vice-presidente de Inovação da Eurofarma, Martha Penna, comentou a estratégia de inovação da empresa. “Fazer inovação radical na indústria farmacêutica carrega um risco e uma transformação dentro da empresa que é gigantesca. É uma construção. O maior case de sucesso da Eurofarma foi entender [esse processo] e montar uma estratégia em que o primeiro pilar para inovar é o reforço do negócio existente. Então, decidimos ser, se não a melhor, uma das melhores companhias de geração de produtos genéricos. E a gente conseguiu. Isso abriu espaço para termos hoje musculatura para fazer os investimentos que a gente precisa. Os incrementais hoje representam em licenças com patentes 30% do que temos em pipeline e vamos fazendo investimentos crescentes em inovação radical.” O diretor executivo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS) da UFRN/HUOL/EBSERH, Ricardo Valentim, ilustrou a relevância dos ambientes de inovação relatando a experiência do LAIS. “É um laboratório que tem mais de 600 pesquisadores, todos remunerados, dentro e fora do Brasil. Temos hoje mais de 100 projetos executados em paralelo. Todos projetos que a gente não inventou; são projetos que batem na porta da gente, pedindo que a gente resolva o problema. A gente não publica para produzir, a gente produz para publicar.” O gerente de Estratégica Setorial para Saúde do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Vitor Pimentel, falou do compromisso do banco em ampliar o acesso à saúde por meio de recursos não reembolsáveis aos ecossistemas de inovação. "Estamos em um momento de fortalecimento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o BNDES tem uma parceria com a Embrapii para a alocação dos nossos recursos não reembolsáveis. É um processo longo de habilitação e credenciamento, mas visa proporcionar às empresas maior previsibilidade e desburocratizar este acesso". O presidente do Supera Parque, Sandro Scarpelini, descreveu a sinergia de parques tecnológicos como o seu, situado em Ribeirão Preto (SP), que juntam munícipio, Estado e iniciativa privada no processo de criação de novas tecnologias. “Este evento é muito importante nacionalmente, pois reúne pessoas que estão envolvidas com inovação, novas tecnologias, seja em fármaco, na saúde ou em outras áreas. O Supera Parque mostrou que a união das startups nossas e da tecnologia que tínhamos ali ajudou em muito a cidade nos dois anos que se seguiram [ao início da pandemia]. [Nesse período] todo mundo sentiu [os problemas decorrentes da] falta de política de investimento do país [em pesquisa e desenvolvimento]. Temos hoje 82 empresas e 68% delas são da área da saúde. É uma associação entre a Universidade de São Paulo e o município e uma grande participação do setor privado. Várias empresas na região, inclusive empresas farmacêuticas, já antigas, têm suporte e investem bastante no Parque”. O diretor do Departamento de Programas Temáticos do Ministério de Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Leandro Pedron, apresentou programas de fomento que seu ministério oferece com o objetivo de desenvolver a produção e o acesso a produtos de saúde. “Nossa área é responsável por cuidar de pesquisa e desenvolvimento em inovação para a área da saúde. Cúpulas como esta servem para discutir como vamos ampliar o sistema e trazer investimentos públicos de maneira correta, direcionados para os gargalos que o setor identifica. Então, a função do Ministério de Ciência e Tecnologia, além do fomento a pesquisas e desenvolvimento que já são feitas, quais novas áreas vamos atacar para desenvolver. Então, são nestes setores e nestes ambientes que vamos fazer a discussão e entender o direcionamento de política pública para ter resultado e conseguir dar acesso à população de produtos, sejam medicamentos, sejam biológicos. O Ministério vem atuando acerca disso, identifica alguns gargalos, os problemas regulatórios a resolver. Temos que trazer as pesquisas brasileiras dos ICTs próximas às empresas para chegarmos aos produtos finais. Então, entendendo todo este cenário, que são em ambientes como este que vamos discutir e entender para poder direcionar”. O chefe de Estratégia do Centre for Process Innovation (CPI), Arun Harish, fez a palestra magna da abertura da Cúpula. Ele estacou a importância da inovação e da colaboração para enfrentar alguns dos maiores desafios globais na área da saúde, tais como a prevenção de doenças, descobertas de drogas inovadoras, desenvolvimento de novas tecnologias e dispositivos, além da maior eficiência e sustentabilidade nos processos industriais. “Colaboração é a palavra para integrar os vários atores e ecossistemas da área da saúde - governo, indústria, academia e os drivers de inovação”. Leia também: Líderes da Inovação em Saúde se reúnem em Brasília em 3 dias de debate Avançar em precificação, ambiente regulatório e análise de patentes Foco no Paciente: projetos que melhoram o acesso e a qualidade de vida Sucesso em vacinas e o potencial da biodiversidade brasileira Tecnologias contra o câncer vencem o Prêmio Inovo  
Sucesso em vacinas e o potencial da biodiversidade brasileira
Arranjos e experiências de empresas e instituições instaladas no Brasil que já resultaram ou estão levando ao desenvolvimento de vacinas e outros medicamentos inovadores e o potencial da biodiversidade brasileira foram debatidos durante a Cúpula. Cristiano Gonçalves (Butantan) participou da mesa "Cases de sucesso no desenvolvimento de produtos inovadores no Brasil" O diretor de Inovação e Licenciamento de Tecnologia do Butantan, Cristiano Gonçalves, falou das parcerias que resultaram no desenvolvimento de vacinas contra o Sars-CoV-2 e da fase final de testes de vacinas contra dengue e Chikungunya. “Foi um evento muito completo em inovação, que cobriu todos os temas principais para aqueles que desenvolvem um produto inovador na área de biotecnologia. Comentamos um pouco sobre financiamento e os motivos pelos quais o país não consegue alavancar um produto passando pelas fases de conceito a um produto que vá às fases clínicas. Nosso papel aqui do Butantan foi comentar sobre os cases de inovação que chegaram de fato à sociedade, como a vacina da Coronavac. A escolha do Butantan pela Butanvac foi motivada pela questão da autossuficiência, produção e capacitação local de produção de uma vacina contra a Covid-19. Caminhamos para outros cases de inovação nos quais temos bastante expectativa, como a vacina da dengue, que está em estudo clínico de fase 3 e bem logo teremos o registro. E com a mesma estrutura que montamos para a vacina da dengue, a oportunidade que desenvolvemos com uma empresa parceira para também desenvolvermos a vacina da Chikungunya”. O diretor de Inovação de Bio-Manguinhos/Fiocruz, Sotiris Missailidis, comentou casos de sucesso em inovação da instituição. “É um grande prazer estar aqui neste evento de grande importância para a inovação em saúde no Brasil. Tivemos a oportunidade de ver vários casos de inovação, ver como empresas e instituições brasileiras respondem ao desafio de inovação dentro do país e tivemos a oportunidade de trazer casos de sucesso em inovação dentro de Biomanguinhos; de mostrar como trabalhamos e como vemos inovação e a capacidade brasileira de inovação. E o desenvolvimento de produtos que conseguimos trazer ao mercado ou que estamos em desenvolvimento, mas com grande promessa para oferecer soluções para a saúde pública brasileira e resolver problemas de saúde e emergências sanitárias. Mas também fomentar a inovação e trazer colaboração com outras empresas brasileiras, com startups, para fomentar a inovação no país e termos soluções, talvez inovação radical, para sair um pouco do que o Brasil vem fazendo até agora, e colocar o país como um player internacional no desenvolvimento de produtos e inovação para a saúde”. O responsável pela área de Pesquisa e Desenvolvimento do Aché, Edson Bernes, abordou a biodiversidade brasileira. “Discutimos aqui sobre oportunidades, competitividade, sobre biodiversidade. Sobre o acesso da população a produtos medicinais advindos da biodiversidade, principalmente baseados em fitoterapia. Foi um momento rico de troca de conhecimento entre governo, indústria, iniciativa privada e a entidade regulatória que é a Anvisa. Muito feliz de participar deste momento histórico para a indústria farmacêutica nacional”. A especialista em plantas medicinais e fitoterápicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Ana Cecília Bezerra, disse que, apesar de o Brasil possuir a maior biodiversidade do mundo, apenas 15% das quase 50 mil espécies reconhecidas no país foram estudadas. “O projeto Inova Fito Brasil, do qual participam Biominas e Fiocruz, está desenvolvendo uma plataforma na qual cada pesquisador, empresa e regulador possa entrar e informar o que está fazendo: ‘tenho essa planta em tal etapa; se alguém quiser continuar, se quiser investir, pode participar também’.” O secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, falou da reativação do Centro de Bionegócios da Amazônia. “Foi uma honra muito grande participar do Prêmio Inovo, ver tantas inovações importantes na área de startups em saúde, uma área essencial para a população brasileira. Num momento muito especial em que estamos construindo o projeto de neoindustrialização, que tem como uma das principais missões o fortalecimento do Complexo Industrial da Saúde, o restabelecimento dos recursos do Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a reativação do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). Portanto, nós queremos fazer muita parceria com todo esse ecossistema de inovação em saúde em benefício do Brasil”. A especialista do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) Cleila Pimenta informou que a pasta está tratando do fornecimento de insumos do país para organismos como a Organização Mundial da Saúde e Unesco, que compram insumos da saúde por meio de licitações internacionais. “A gente utiliza muito pouco disso. O Brasil é o 15º que contribui financeiramente com a ONU, mas é o 38º no fornecimento de insumos [de saúde]. Existe uma janela de oportunidade. A gente precisa de um diagnóstico para saber por que não estamos acessando esse mercado”. O head of Discovery and Partnerships na DNDi América Latina, Jadel Kratz, apresentou os projetos desenvolvidos pela Drugs for Neglected Diseases initiative (DNDi) no Brasil em parceria com empresas e instituições. “Estou aqui com vários colegas do ecossistema farmacêutico para discutir como melhorar e avançar no desenvolvimento de novas terapias aqui no Brasil. Contei um pouco do case da DNDi, instituição sem fins lucrativos que desenvolve novos tratamentos para doenças tropicais negligenciadas. É muito bom contar um pouco do nosso trabalho e como estamos caminhando para um ecossistema de inovação farmacêutica mais sustentável e inclusivo”. Leia também: Líderes da Inovação em Saúde se reúnem em Brasília em 3 dias de debate Avançar em precificação, ambiente regulatório e análise de patentes Foco no Paciente: projetos que melhoram o acesso e a qualidade de vida Ecossistema de inovação: parques tecnológicos e políticas públicas Tecnologias contra o câncer vencem o Prêmio Inovo    
Foco no Paciente: projetos que melhoram o acesso e a qualidade de vida
Projetos que melhoram a qualidade de vida de pacientes e o acesso a tratamentos e ideias de como ampliar o acesso à saúde em geral foram apresentados e discutidos na Cúpula. Ana Cláudia Pinto (Grupo Fleury) participou da mesa "O Paciente no centro da inovação em saúde" O head de Saúde Digital da Eurofarma, Felipe Catão, apresentou um projeto da empresa que ajuda os pacientes de Parkinson. “Hoje estive na Cúpula de Inovação em Saúde para apresentar uma de nossas terapias digitas que é o Scrolling Therapy. É uma solução pensada para pacientes com Parkinson, para que eles realizem exercícios faciais enquanto navegam na internet. Nós, da Eurofarma, acreditamos muito em inovação, está em nosso DNA, e investimos mais de R$ 700 milhões de reais em pesquisa e inovação. E continuamos nessa busca de trazer mais soluções digitais para melhorar a qualidade de vida do paciente e olhando o sistema de saúde como um todo. Com certeza este evento contribui muito com isso, para reunir os diferentes players do sistema e pensar, juntos, como podemos avançar na inovação no sistema de saúde como um todo”. A diretora médica de Saúde Digital do Grupo Fleury, Ana Cláudia Pinto, apresentou o projeto desenvolvido pela empresa na Favela dos Sonhos. “Tive o prazer de participar deste evento para comentar como nós, do Grupo Fleury, trabalhamos no engajamento do paciente, para trazê-lo a uma consciência maior. E, para isso, usamos ferramentas digitais muito conectadas com a parte física. Então, foi um prazer mostrar o case que temos junto com a Geraldo Falcões, o Favela dos Sonhos, onde por meio de uma cabine e toda uma estrutura de telemedicina, levamos acesso a uma comunidade super carente. Isso mostra que a tecnologia é muito eclética e ela pode ajudar a levar um cuidado de maior qualidade a todas as populações”. O CEO e co-fundador da healthtech Huna, Vinícius Ribeiro, apresentou um método de diagnóstico precoce de câncer de mama baseado em inteligência artificial que pode agilizar o atendimento nos sistemas público e privado de saúde. “Nossa ideia é conseguir colocar uma solução para, diante de um sistema de saúde público e privado pressionado, que do ponto factível não vamos conseguir nos próximos cinco ou dez anos instalar mamografia em todos os cantos. Então como a gente consegue se aproveitar de um exame muito barato e altamente capilar – faz no Alta, em São Paulo, ou em qualquer laboratório que processe o sangue, no Pardini, em Minas Gerais, ou na região do Cariri - para colocar essa mulher na cadeia de rastreamento, empoderando principalmente os gestores de saúde, para colocar a dor dessa usuária que está com prioridade no centro de saúde”. A presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Catherine Moura, disse que o importante ao paciente é ter acesso. “Participamos de um painel que mostrou um pouco da perspectiva do paciente sobre a questão da inovação. E compartilhamos, de uma forma bem resumida, que o que importa ao paciente é ter acesso. E acesso é garantia da oferta de serviços de saúde, no momento certo e oportuno, no local adequado, e para quem precisa. Se isso vai acontecer em um ambiente com muita ou pouca inovação, isso é uma outra questão. Mas o que importa ao paciente é ele saber que passará por uma jornada, ter uma experiência de cuidados em saúde, humanizada, empática, focada na melhor qualidade de vida, e no melhor desfecho clínico. E inovação é muito amplo, não é só tecnologia na área da saúde, não é só telemedicina, é também inovação em produtos, medicamentos, alternativas terapêuticas e diagnósticas. Também tem a ver com dados e evidências. Inovar em saúde significa qualificar o processo de gestão do sistema de saúde e o processo da gestão do cuidado. Agora, o que importa ao paciente é que ele tenha acesso e que ele entenda o que é inovar em saúde. Talvez no Brasil estejamos um pouco atrasados na questão do acesso à saúde de forma isonômica e igualitária. Mas é possível fazer uma harmonização para avançar com o desenvolvimento em inovação e ampliar o acesso à população que precisa”. Leia também: Líderes da Inovação em Saúde se reúnem em Brasília em 3 dias de debate Avançar em precificação, ambiente regulatório e análise de patentes Sucesso em vacinas e o potencial da biodiversidade brasileira Ecossistema de inovação: parques tecnológicos e políticas públicas Tecnologias contra o câncer vencem o Prêmio Inovo  

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